Neurovertebral

A hipófise ou pituitária é uma pequena glândula localizada dentro de um arcabouço ósseo, a sela túrcica, que, por sua vez, está situada na parte central da base do crânio, embaixo do cérebro. A hipófise produz vários hormônios que controlam diversas funções vitais, além de estimular outras glândulas a produzir hormônios, como a tireoide e as suprarrenais.

A imensa maioria dos tumores originados na hipófise é benigna. Chamados Adenomas Hipofisários, eles representam de 10 a 15% de todos os tumores intracranianos, e têm prevalência elevada, estimada em 22,5% da população, segundo estudos radiológicos recentes.

Considerando-se apenas aqueles que apresentam sinais e sintomas clínicos, as taxas de prevalência são bem menores: 1 caso em cada 1.000 habitantes. Já a incidência dos adenomas hipofisários clinicamente ativos atingem de 1 a 4 casos novos a cada 100.000 habitantes por ano.

Os adenomas hipofisários crescem lentamente, podendo levar à deficiência hormonal pela destruição do tecido glandular normal. Entretanto, mesmo ainda com um tamanho reduzido, podem causar alterações hormonais por hiperprodução de um determinado hormônio, provocando doenças graves como a acromegalia, o gigantismo e a doença de Cushing.

Determinam também problemas neurológicos, principalmente relacionados à visão, por compressão do quiasma e dos nervos ópticos, podendo levar à cegueira. A diminuição da acuidade visual e a alteração do campo visual são, em geral, lentamente progressivas. Porém, em casos mais raros, pode ocorrer a “apoplexia hipofisária”, que é um sangramento intratumoral que pode resultar em perda súbita da visão.

O tratamento dos adenomas hipofisários é essencialmente cirúrgico. Nos casos de apoplexia hipofisária, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica de urgência. Apenas em situações específicas, como nos tumores produtores de prolactina, o tratamento pode ser exclusivamente medicamentoso. Pode ainda ser necessária a combinação dos tratamentos cirúrgico e medicamentoso, especificamente em pacientes com tumores invasivos produtores do hormônio do crescimento (GH). A radioterapia estereotáxica ou a radiocirurgia são tratamentos complementares que podem ser necessários após a realização do procedimento cirúrgico para controle de resto tumoral não ressecável (invasivo), mas não são indicados como método de tratamento primário.